Há comportamentos humanos muito feios. Recorro à linguagem infantil porque é a que melhor caracteriza estas atitudes. São feias. Aqui se inserem a mentira, o cinismo, a inveja, o egoísmo e por aí adiante. Isto visto sob o ponto de vista do atingido. Porque do prisma do agressor não são atitudes feias, mas tão-só atitudes tristes e deprimentes. Dignas de pena, até.
O que me move a escrever este texto? O plágio. (também tenho umas palavrinhas a dizer sobre comentários invejosos de anónimos, mas isso fica para um outro post)
Ora aqui está, o plágio, um comportamento mesquinho, pequenino e idiota, que nos deve suscitar não raiva pelo que o praticou, mas pena.
Pena porque quem a ele recorre é alguém que tem a consciência (geralmente certa) de que não consegue ser tão bom como os outros. Não consegue ser melhor. Nem sequer consegue ser diferente.
É alguém que viu algo que gostou e, sem princípios ou escrúpulos de maior que lhe valessem, furtou para si essa ideia e a apresentou a todos como sendo sua. É triste.
Já fui testemunha de várias situações deste tipo. Não quero aqui divulgar os nomes dos plagiados, pois são visitantes e comentadores do meu blogue e não sei se apreciariam o gesto.
Até porque eles são culpados. São culpados porque eles provocaram o plágio. Porquê? Porque conseguiram fazer bons textos e bons posts. E os infelizes que não têm imaginação própria aproveitaram-se do trabalho e da criatividade deles para si. Publicaram textos e/ou posts semelhantes como se fossem seus. Sem citar fontes, sem revelar a verdadeira autoria dos mesmos.
Sou da opinião de que o plágio é a atitude de quem não tem (por falta de capacidade) nada melhor a dizer e a publicar. Então, à falta de capacidade, copia-se.
Copia-se. Pura, simples e descaradamente.
Claro está que existem situações diferentes. É óbvio que devem existir vários textos de autores diferentes, semelhantes entre si. Nem tudo é original,como é óbvio. Há ideias que surgem porque um dia se viu uma coisa engraçada que até ficou na memória e desenvolveu para algo com verosimilhança, mas diferente.
Claro está que, enquanto seres pensantes, reflectimos sobre os mesmos temas e somos influenciados por livros, por séries televisivas, por filmes, por gostos, por épocas e pela realidade social. Óbvio! Pense-se em quantos textos semelhantes em blogues diferentes se puderam ler no dia seguinte à eleição de Barack Obama como presidente dos EUA.
Isso é escrita criativa, influenciada pelo meio que nos rodeia. São os riscos que se correm por se viver e se ser um ser social.
O plágio é escrita copiada, criada por quem é capaz de pensar e escrever. Todos os que escrevemos num blogue corremos esse risco. É o risco de se pensar bem e escrever melhor. É o risco de partilhar o que pensamos através da publicação pública em blogues.
Eu própria já me inspirei em posts que li noutros blogues. E em todos os casos, fui honesta, revelei as fontes.
Podem procurar no blogue, encontrarão textos que não são meus e, nesses casos, indico sempre onde os obtive. Inclusive, falei, previamente e sempre que possível, com os autores e revelei a minha intenção de os publicar aqui, fazendo a devida menção ao autor. Porque acho uma atitude indispensável e defendo veementemente que ninguém tem o direito de usar ideias de outrem para seu próprio mérito.
O que digo a essa gente?
Que tem que crescer. E muito. E arranjar uma ocupação. Porque andar a copiar o que é dos outros não só revela insuficiência de neurónios, como inércia dos poucos que ainda lhes subsiste.
Gente pobre de pensamento que vagueia pela blogosfera:
Nota: fiz este texto e esta imagem para serem publicados no meu blogue principal, o Porque Sim!. Todavia, como vários bloggers têm sido alvo de plágio, deixo aqui este meu post, porque acho que o tema é importante e actual. Se quiserem comentar, façam-no neste mesmo post mas no meu blogue, por favor, já que lá recebo um aviso por cada comentário e aqui não.
Beijocas a todos e parabéns pelos vossos blogues! :)